VIVO: Penso, logo atendo...
Desde que entrei na UEL, em um curso das Ciências Humanas, adquiri enorme senso crítico e carga cultural intelectual que me proporcionaram lançar um outro olhar ao mundo em que Vivo, já li os grandes nomes do pensamento antigo ao pós-moderno, são cerca de quatro caixas de xérox que tenho aqui armazenado, todas essas folhas em branco e preto me fizeram refletir muito, sobre tudo, sobre viver e morrer, sobre o fugaz, o efêmero, o fetichismo da mercadoria, literatura, opressão, supressão burocrática, filosofia, abstração... hoje, me formando, não sei onde colocar tudo isso que aprendi, tanto no plano material (pela enorme quantidade de textos) mas principalmente no mundo prático, me vejo trabalhando numa operadora de telefonia que me rouba quase todo meu tempo, estou indo mal nas obrigações acadêmicas e, no trabalho fico escutando reclamações o tempo todo e tendo sempre que ser educado e cordial, uma ovelha no meio de muitas outras cada um no seu cercado totalmente alienadas e no fim do dia com stress, dores musculares e mentalmente cansadas, estou esquecendo das coisas que aprendi, não quero mais pensar nos problemas do mundo! quero um tempo pra mim, o assunto e as rodas de idéias mudaram, mesmo sendo monitorado por supervisores, câmeras por todos os lados e privado de me comunicar com a ovelha que está ao meu lado pois uma outra ovelha pode dedurar ao nosso pastor que pode ameaçar-me a perder isso, isso o que? Isso que nem toda a teoria do mundo poderá me dar, dinheiro, $$$$!!!!
Autor: Wellington Almeida (Teté) – frodouel@hotmail.com
Desde que entrei na UEL, em um curso das Ciências Humanas, adquiri enorme senso crítico e carga cultural intelectual que me proporcionaram lançar um outro olhar ao mundo em que Vivo, já li os grandes nomes do pensamento antigo ao pós-moderno, são cerca de quatro caixas de xérox que tenho aqui armazenado, todas essas folhas em branco e preto me fizeram refletir muito, sobre tudo, sobre viver e morrer, sobre o fugaz, o efêmero, o fetichismo da mercadoria, literatura, opressão, supressão burocrática, filosofia, abstração... hoje, me formando, não sei onde colocar tudo isso que aprendi, tanto no plano material (pela enorme quantidade de textos) mas principalmente no mundo prático, me vejo trabalhando numa operadora de telefonia que me rouba quase todo meu tempo, estou indo mal nas obrigações acadêmicas e, no trabalho fico escutando reclamações o tempo todo e tendo sempre que ser educado e cordial, uma ovelha no meio de muitas outras cada um no seu cercado totalmente alienadas e no fim do dia com stress, dores musculares e mentalmente cansadas, estou esquecendo das coisas que aprendi, não quero mais pensar nos problemas do mundo! quero um tempo pra mim, o assunto e as rodas de idéias mudaram, mesmo sendo monitorado por supervisores, câmeras por todos os lados e privado de me comunicar com a ovelha que está ao meu lado pois uma outra ovelha pode dedurar ao nosso pastor que pode ameaçar-me a perder isso, isso o que? Isso que nem toda a teoria do mundo poderá me dar, dinheiro, $$$$!!!!
Autor: Wellington Almeida (Teté) – frodouel@hotmail.com
Foto: Tirei lá na Biblioteca da UEL-(A Malu tá na ft de modelo)-
Ps: É ficção, mas pode virar realidade, é o mundo capitalista, o $ dita as regras, fazer o que? Revolução? Seria uma boa... alguém se habilita?
Ps: É ficção, mas pode virar realidade, é o mundo capitalista, o $ dita as regras, fazer o que? Revolução? Seria uma boa... alguém se habilita?
Ps2: Escrevi este texto "encomendado" pelo jornal LITERA de Letras da UEL mas como não saiu publiquei aqui, tem tanta gente que eu conheço trabalhando (ou já trabalhou) na Vivo, que um dia passando em frente lá o prédio da Av. Higienópolis comecei a refletir, os dois episódios masis engraçados ocorreram com Fábio José que trabalhou um dia, se demitiu e ainda recebeu!!! e a do Sr. Lobão que participou de uma festinha na noite antes da seleção e babou na platéia, acabou virando lenda lá, esse é o Lobão que eu conheço!!!!
